terça-feira, 12 de abril de 2011

EX PREFEITO DE BEQUIMÃO NA MIRA DA CGU


Ex-Prefeito Juca Martins

Fiscalização feita por amostragem (sorteio), dá conta de que a verba que deveria ser utilizada para promover a melhoria da educação básica (FUNDEB) está mesmo é servindo para enriquecer de forma ilicita maus gestores públicos. Segundo informações do site O GLOBO, na reportagem assinada por Roberto Maltchik e Demétrio Weber a prefeitura de Bequimão, na baixada maranhense, se "especializou" em fraudar folhas de pagamentos de professores que nunca viram a cor do dinheiro.  A suspeita é que tenham sumido R$ 2,6 milhões de abonos e gratificações para educadores.
Leia aqui.
Se a coisa tá assim no sorteio avaliem se fizerem um pente fino.






segunda-feira, 4 de abril de 2011

QUANDO O MEDO DE MORRER FICA MAIOR QUE O PRAZER DE FUMAR...

* Por Maxwell Santos

Foram dezoito longos e “prazerosos” anos dedicados ao mundo do tabagismo. No inicio, a minha jornada era tímida e despretensiosa. Soava mais como um protesto insano e burro, afinal como poderemos protestar causando para si um mal maior. Primeiro ia sorrateiro e me pegava a furtar um cigarro aqui e outro acolá da carteira de meu Pai. Figura maravilhosa, detentor e defensor, enquanto vivo, do tabaco e de como o cigarro o ajudava a relaxar e a resolver problemas um tanto quanto complexos. Queria eu ser igual a ele. Altivo, colocando as palavras certas em seu devido lugar. Correto em suas atitudes e responsabilidade. O cigarro lhe era a tábua de salvação, a explicação de tudo de bom que acontecia.

Então aos 17 passei eu a estudar ainda mais para encarar o Vestibular. À partir de então, as fumadas esporádicas passaram à corriqueiras, e o hábito de fumar passou a encontrar motivos em tudo. Se eu estava triste por algo, acendia um cigarro e se estava alegre lá estava eu a emitir baforadas incomodativas. Certo dia meu pai me disse a celebre frase, “meu filho, enquanto o medo de morrer for menor que o prazer de fumar, o fumante continua fumando. A vontade de fumar só passa quando o medo de morrer fica maior que o prazer de fumar.” Sinceramente, não liguei a mínima para o relato profético que acabava de ouvir e continuei a vida em meio a tragadas e baforadas. Nem mesmo a morte do meu pai serviu-me como exemplo.

Anos se passaram e a minha relação com aquele pequeno tubo cilíndrico ficaria ainda mais intimo. Não me lembro de ter ao menos tentado parar, nem mesmo quando crises de tosse, acompanhada de uma sinusite adquirida também com a ajuda da nicotina me faziam pensar no mal que eu estava fazendo ao meu próprio organismo.

Até que um dia, uma sexta-feira chuvosa, estava em casa, em companhia de minha família, quando o meu corpo me enviou a primeira prestação de contas. O coração cansado de processar fumaça passou a bater desordenadamente, o meu braço esquerdo adormeceu, a boca seca, indicava que algo estava errado comigo. Felizmente eu já estava preparado para isso e já sabia o que estava acontecendo. Passei então a fazer massagem cardíaca, e aquela historinha de filme que passa em alguns segundos na cabeça do moribundo, descobri que é verdade. Olhei para os meus filhos, os abençoei e parti para o Hospital. Chegando lá me colocaram em uma maca e puseram a me examinar e me dar medicamentos de toda ordem. Internaram-me, e ao chegar ao apartamento me cobriram de equipamentos e sensores que disparavam a todo o momento. Noite interminável. Lá pelas sete da manhã, aos 33 anos me submeti a um cateterismo. Passei o dia internado e o médico que me atendeu falou que eu só não “bati as botas” por sorte e por eu ter-me alto aplicado os primeiros-socorros.

Ao receber alta, fui pra casa, abracei meus filhos como nunca. E eu que jamais havia pensado em parar com o cigarro, me vi obrigado a abdicar dos tragos.

Voltei ao trabalho e a preocupação e a força dos meus colegas também influenciaram e muito para que eu parasse definitivamente. Os dias que se seguiram foram tortuosos, no entanto a força de vontade tinha que prevalecer. Eu costumo comparar o ato de parar de fumar a uma obra que conta os dias que trabalham sem acidentes de trabalho. E hoje, a placa em frente de minha obra pessoal conta com os seguintes dizeres. Eu estou a mais de 150 dias sem fumar. Essa sem dúvida, e os fumantes sabem da dificuldade que é, foi uma das maiores vitórias de minha vida.