Fonte e Foto: ASSCOM/SEJAP - J. Roberto
Claudio Marcio Teixeira Guimarães, 32 anos, foi o primeiro agente
penitenciário do Brasil a ser aprovado no Curso de Operações Aéreas (COA),
promovido pelo Grupo Tático Aéreo (GTA). Guimarães, que é membro do Grupo
Especial de Operações Penitenciárias (GEOP), foi aprovado na 8° edição que
ocorreu no período de 12 de abril a 16 maio. A cerimônia de formatura foi realizada,
na sexta-feira (18), no hangar do GTA, localizado no Quartel do Comando Geral,
no Calhau.
Cláudio Márcio: Do GEOP para o GTA |
Dos 73 que iniciaram o processo seletivo, apenas 23 profissionais
foram qualificados no curso. Destes, 16 policiais militares, dois guardas
municipais, seis fazem parte de outros estados e o agente penitenciário.
Teixeira falou da importância de ter sido o primeiro agente a conseguir ser
aprovado em um curso deste nível. "A importância é imensurável. Por ser o
primeiro agente aprovado digo que a sensação é incrível. Assim como eu lutei
para conseguir, outros também podem alcançar esse mérito", disse ele.
O agente penitenciário contou o que o levou a querer concorrer à
vaga de operador aéreo do GTA. Ele disse que após integrar o GEOP, em 2007,
ficou focado no curso de operador. Entretanto, na última semana acabou
lesionando o braço e sendo reprovado. "Eu quebrei o braço. Fiquei muito
ruim. Era o meu sonho e estava escapando pelos meus dedos essa possibilidade de
ser aprovado", comentou Claudio.
Depois de ter a certeza que não daria mais para continuar,
Guimarães não se deu por vencido. "Eu queria isso pra mim e esperei me
recuperar. Quando isso aconteceu me dediquei para ser definitivamente aprovado
nesse curso", pontuou. A dedicação do agente não foi em vão. Em um mês e
alguns dias de testes, treinamento e muita ralação o resultado apareceu. "Hoje,
graças a Deus, eu posso dizer que conseguir ser aprovado", comemorou
Marcio.
O secretário de Estado de Justiça e de Administração Penitenciária
, Sergio Tamer, parabenizou o esforço do primeiro agente penitenciário do
Brasil a ser aprovado em um curso do Grupo Tático Aéreo. Tamer disse que a
determinação do agente é simplesmente admirável. "Muito esforçado. Se
fosse outro talvez tivesse desistido do alvo, mas ele insistiu. Muito admirável
esse esforço. Precisamos de pessoas assim para integrarem nosso sistema de
segurança", destacou Sergio Tamer.
O capitão do GTA, Onildo Sampaio, definiu o que é o COA. De acordo
com ele, o curso capacita profissionais para trabalhar em resgates e
ocorrências policiais. "Ele habilita policiais militares, civis e bombeiros
a atuarem conosco no GTA resgatando vidas", afirmou Onildo.
Sampaio falou da importância destes homes serem aprovados neste
curso. Segundo ele, quem sai ganhando com essa aprovação é o próprio GTA e a
segurança pública do Estado do Maranhão. "O GTA efetua um excelente
trabalho para a população tanto na área policial quanto de resgate. E quanto
mais pessoas estiverem fazendo parte disso, melhor é para todos", enfatizou.
GTA
O GTA/MA surgiu no mesmo período de início da "Operação
Impacto" no Maranhão, em 1996, na qual a Polícia Federal com suas
aeronaves e agentes forneceram suporte à operação. As atividades do grupamento
foram regulamentadas em lei no ano de 1998, pelo decreto nº 16.687, de 4 de
janeiro de 1999.
No início, o GTA contava com uma estrutura composta de um
helicóptero esquilo e poucos policiais operavam atendendo a todos os chamados
em prol da Segurança Pública dos maranhenses. O embrião foi inspirado nos
moldes da extinta coordenadoria geral de operações aéreas, do Rio de Janeiro.
Com os investimentos estaduais, o GTA teve um incremento
considerável na sua frota de aeronaves e veículos, operando atualmente com dois
aviões Cessna 210 Centurion e dois helicópteros modelos esquilo e um
helicóptero modelo BK 117 C-2 (EC-145).
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